Cistos dermóide, folicular e epitelial

Os cistos são nódulos preenchidos com conteúdo líquido ou semissólido. Na maioria das vezes benignos e assintomáticos, eles podem se desenvolver em qualquer lugar do corpo – mais comumente na pele, mama, tireoide, ovários, fígado ou articulações.

Os 3 tipos de cistos citados aqui são cistos cutâneos e tem sua origem na pele, mas a causa delas é
distinta. Os cistos se manifestam como caroços na pele, em geral medem milímetros a 5cm e não costumam causar dor. Podem crescer progressivamente e nessa evolução podem inflamar, infeccionar; ou podem levar ao incômodo por estarem localizados em áreas de apoio ou movimentação (até mesmo esteticamente podem causar incômodo).

Cisto dermóide

O cisto dermóide se forma durante a gestação, quando um pedaço de pele fica “presa” embaixo da
própria pele. Por isso, é comum eles serem mais profundos com a pele sobre ele, íntegra, e com todos os componentes da pele, pois são originadas de células embrionárias totipotentes – às vezes, no interior do cisto, podemos encontrar pelos, e até mesmo unhas.

Esse cisto costuma atingir áreas de fendas embrionárias, como a região periorbital (observado em crianças pequenas, próximo a lateral da sobrancelha e na testa próximo ao nariz) e na coluna vertebral, também conhecido como cisto pilonidal.

Diagnóstico e tratamento do cisto dermóide

O diagnóstico é feito através do exame físico e os exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, que ajudam a diferenciar de outras patologias que podem se assemelhar com o cisto, como hemangiomas, encefalocele (quando há uma falha óssea no crânio), tumores da pele como o lipoma (tecido gorduroso), higroma (ducto sudoríparo) e pilomatrixoma (folículo pilosebáceo).

Em relação ao tratamento, deve haver uma completa extirpação cirúrgica, pois a recorrência pode acontecer se parte da cápsula do cisto fica na pele. A remoção não costuma ser emergencial, mas, caso esteja infeccionado, o cisto deve ser drenado e antibióticos são utilizados para o controle da infecção.

Outros cistos: folicular e epitelial

O cisto folicular se forma quando a raiz do pelo fica obstruída, por isso ao exame físico podemos identificar um orifício na superfície da pele sobre o cisto, com a obstrução, queratina e o próprio pelo que não consegue romper para a pele vão se acumulando sob a pele causando o abaulamento. Como este cisto tem contato com o meio externo, é comumente colonizado por bactérias da pele que podem vir a causar uma infecção no cisto. E costumam aparecer em áreas com maior pilificação como axilas, virilhas, cabeça.

O cisto epitelial – ou epidérmicos, é um termo mais genérico para todos os cistos que se formam na
pele, podendo ser das glândulas da pele (sebáceas, sudoríparas, apócrinas), da cartilagem (sinovial) ou em cicatrizes.

Independente da causa, o tratamento para a remoção desses cistos é cirúrgico. E, quando infectados,
devem ser drenados e tratados com antibióticos. Depois que o processo infeccioso passa, a remoção do cisto deve ser feita.